Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP): sintomas, tratamento e prevenção

Novembro marca o início da temporada chuvosa na maior parte do país, um período em que a umidade, em conjunto às temperaturas mais altas, favorece a proliferação de pulgas. Consequentemente, isso eleva os casos de Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP) em cães e gatos.

A doença é ocasionada pela reação alérgica à saliva das pulgas que entra em contato com a pele do hospedeiro ao fazerem o repasto sanguíneo, gerando coceira, queda de pelo e infecções de pele. 

É importante ressaltar que mesmo uma pequena infestação pode desencadear sinais intensos, afetando a qualidade de vida dos pets.

Mas, afinal, como evitar a proliferação desses ectoparasitas, quais sinais merecem atenção e como os tutores podem proteger seus pets ao longo do ano e principalmente durante os meses mais quentes e chuvosos? Entenda aqui!

O que é Dermatite Alérgica à Picada de Pulga?

A Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP) é um tipo de alergia provocada pela saliva da pulga, que contém substâncias que ajudam o parasita a se alimentar. 

A DAPP é uma das formas de DAPE (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas), sendo a pulga o principal ectoparasita que ocasiona essa forma de alergia cutânea, por isso a sigla DAPP costuma ser empregada.

Quando essa secreção entra em contato com a pele do animal durante a picada, pode desencadear uma resposta imunológica importante. 

Em casos de animais alérgicos, basta uma única picada para provocar coceira intensa e lesões na pele.

Quais são os sinais da Dermatite Alérgica à Picada de Pulga?

Tanto em cães quanto em gatos, a Dermatite Alérgica à Picada de Pulga (DAPP) geralmente se manifesta por coceira e alterações visíveis na pele, como lesões papulares. Confira alguns sinais:

Coceira intensa

É comum observar o animal se coçando, mordiscando e/ou lambendo excessivamente a região lombar, a base da cauda e a parte interna das coxas, a ponto de interromper suas atividades diárias normais.

Alopecia (queda de pelos)

A perda de pelos em áreas específicas, geralmente em um padrão simétrico, também pode acontecer. Em cães, o acometimento mais característico é a alopecia na região da coluna caudal, resultado do trauma autoinduzido, conhecido também como “triângulo da DAPP”. Porém, não é uma lesão obrigatória para fechar o diagnóstico.

Hot Spot

O prurido persistente pode causar lesões úmidas, avermelhadas e dolorosas conhecidas como "hot spots" (dermatite úmida aguda), além da formação de crostas sobre áreas lesionadas com infecção associada. Essas lesões secundárias são comumente acompanhadas por mau cheiro.

Piodermite

Em animais com DAPP, além da dermatite úmida aguda (“piodermite de superfície”), é muito comum o desenvolvimento secundário de piodermite superficial, caracterizada por uma infecção bacteriana da pele

Os sinais clínicos incluem pápulas, vermelhidão, inflamação, queda de pelos e lesões com crostas e descamação. 

É comum também a formação de pústulas (acúmulos de pus), que normalmente rompem e formam uma lesão conhecida como colarinho epidérmico.

Hiperpigmentação e liquenificação

Em casos crônicos, a pele pode escurecer e engrossar, especialmente nas áreas de fricção constante, como abdômen e parte interna dos membros.

Ao notar algum desses sinais no seu pet, procure um Médico-Veterinário. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para aliviar o desconforto do animal, evitar complicações e controlar a alergia de forma eficaz.

Como é feito o diagnóstico da Dermatite Alérgica à Picada de Pulga?

O Médico-Veterinário é o profissional capacitado para diagnosticar a DAPP. Por isso, ao notar os sinais da doença, é fundamental levar o pet para uma avaliação. Durante a consulta, ele irá analisar todo o histórico clínico do animal e poderá realizar exames para confirmar o diagnóstico. 

Apesar de os sinais descritos anteriormente caracterizarem o quadro de alergia a pulgas, é importante saber que eles são comuns a diferentes doenças alérgicas. Por isso, o acompanhamento e investigação do Médico-Veterinário que milite na área de dermatologia é fundamental.

É fundamental reforçar também que a presença de pulgas não está necessariamente ligada à falta de higiene. Elas podem estar em frestas, tapetes, sofás, quintais ou mesmo serem trazidas em roupas e calçados. 

Até animais bem cuidados, vacinados e banhados com frequência estão sujeitos ao contato com esses ectoparasitas.

Como prevenir a DAPP?

É fundamental adotar uma rotina constante de prevenção, independentemente da estação do ano, pois as pulgas conseguem permanecer no ambiente por bastante tempo, mesmo em temperaturas mais baixas. 

Além disso, 95% das pulgas (ovos e fases imaturas) estão no ambiente, enquanto apenas 5% (fase adulta) encontram-se nos animais.

Alguns cuidados incluem:

  • Inspecionar o pet após o passeio, a fim de identificar pulgas e/ou fezes do ectoparasita;

  • Fazer check-ups preventivos regularmente;

  • Dar banho conforme a frequência indicada pelo Veterinário;

  • Usar antipulgas e carrapaticidas continuamente, conforme orientação veterinária;

  • Higienizar e aspirar pisos, frestas de assoalho, cantos de paredes, carpetes,  tapetes, sofás e roupas de cama;

  • Limpar e lavar frequentemente o quintal e o abrigo dos animais.

Vale destacar que até mesmo pets que vivem exclusivamente dentro de casa estão suscetíveis à infestação por pulgas. Isso porque os ovos e larvas desses parasitas podem ser facilmente transportados para o ambiente por meio de calçados, roupas ou objetos. 

Além disso, a fase de pupa das pulgas, por exemplo, é bastante resistente, podendo manter a possibilidade de infestação por períodos mais longos.

Como tratar a DAPP em cães e gatos?

O primeiro passo do tratamento é realizar o controle de ectoparasitas no animal por meio do uso de medicamentos específicos, como comprimidos, pipetas e/ou coleiras. 

Vale ressaltar que animais contactantes também precisam desse controle. Além disso, como 95% das pulgas estão no ambiente, o manejo sanitário é fundamental.

O Médico-Veterinário pode indicar diferentes formas de tratamento para cuidar da pele lesionada, combater infecções e aliviar a coceira. O protocolo deve ser personalizado de acordo com cada caso. 

De forma geral, a terapia tópica é interessante na maioria dos casos, pois minimiza a necessidade de uso de antibióticos em caso de infecções dermatológicas, além de fortalecer a barreira e hidratação da pele, auxiliando na interrupção do ciclo da dermatite. 

Entre as opções, os produtos à base de hipoclorito de sódio têm recebido bastante destaque em estudos recentes devido ao seu potencial antimicrobiano, sendo uma opção segura para pets. Xampus terapêuticos também podem ser utilizados para auxiliar na recuperação da pele e trazer alívio.

Para controle da inflamação, podem ser prescritos medicamentos anti-inflamatórios de uso tópico e/ou sistêmico. 

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