SUPLEMENTAÇÃO ESTRATÉGICA: PREVENÇÃO DA FADIGA MUSCULAR EM CAVALOS ATLETAS

Uma rotina intensa de treinos e provas exige suplementação adequada para manutenção da saúde e performance dos equinos.

 

Os cavalos atletas são treinados para atuar em máximo nível físico, já que a exigência nas competições é alta. Por isso, a atenção redobrada à saúde muscular, ao condicionamento e ao bem-estar são imprescindíveis para a disposição e performance dos animais. Além disso, para que mantenham o desempenho esperado, é fundamental entender os processos fisiológicos que sustentam o esforço muscular e adotar estratégias de prevenção da fadiga, que é um dos principais fatores que podem comprometer sua performance e vida atlética.

“Durante o exercício, o esforço muscular demanda grandes quantidades de energia, obtida principalmente a partir da glicose presente no sangue e armazenada nos músculos na forma de glicogênio”, explica Kauê Ribeiro, Coordenador de Comunicação Técnica da Vetnil®, empresa líder nacional em medicamentos e suplementos para equinos. No processo metabólico, a glicose é metabolizada e convertida até um intermediário chamado piruvato (ou ácido pirúvico), que poderá entrar na mitocôndria sob a forma de acetil-CoA e gerar muito mais energia pelo ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa, que é conhecida como a via aeróbica de obtenção de energia, sendo muito mais rentável em termos de produção de ATP. Quando o oxigênio disponível é suficiente e há enzimas e cofatores adequados, o piruvato segue pela via aeróbica, sendo metabolizado de forma adequada e resultando em elevada produção de energia. Essa forma de produção de energia permite que os músculos trabalhem por mais tempo, mantendo a performance e retardando a ocorrência da fadiga.

Porém, em exercícios de alta intensidade, quando o oxigênio começa a ficar mais difícil de ser utilizado e não há intermediários suficientes para encaminhar o piruvato para dentro da mitocôndria, esse piruvato segue para a via anaeróbica e é convertido em ácido lático. Essa via fornece energia de forma rápida, porém em menor quantidade. O acúmulo de ácido lático, associado à redução da disponibilidade energética e à acidose celular, leva à fadiga muscular — momento em que o músculo já não consegue desempenhar sua função adequadamente. “Quando o músculo não consegue mais contrair de forma eficiente, o desempenho atlético é severamente comprometido e o cavalo pode perder a capacidade de seguir competindo em alto nível. Essa falha na capacidade de manter a atividade muscular é que classificamos como fadiga”, ressalta Kauê, da Vetnil®.

A prevenção da fadiga exige uma abordagem completa, que combine treinamento adequado (respeitando os limites fisiológicos do cavalo e intercalando treinos com períodos de descanso) e nutrição equilibrada que contemple uma suplementação estratégica, para garantir o aporte energético necessário, além de hidratação com reposição de eletrólitos, especialmente em situações de esforço prolongado ou calor intenso. O acompanhamento veterinário e a adoção de protocolos de recuperação também são fundamentais para a manutenção da saúde muscular ao longo da temporada de treinos e competições.

A suplementação é uma ferramenta nutricional estratégica, que contribui para melhorar a performance dos animais. Nesse cenário, ganha espaço a dimetilglicina (DMG), um subproduto do metabolismo da glicina e precursora da creatina. A DMG reduz o acúmulo de ácido lático no músculo, melhora a respiração celular e, assim, facilita a recuperação do tecido muscular e permite ao cavalo atleta suportar melhor o esforço físico intenso e prolongado. O mecanismo de ação da DMG envolve a ativação de uma enzima que facilita a entrada do piruvato na mitocôndria e conversão em acetil-CoA, o que diminui a capacidade da célula de produzir lactato e promove a entrada para a via de alta obtenção de energia, que é a via aeróbica. 

“Outros aliados são o citrato de sódio, que atua como tamponante, neutralizando os ácidos gerados durante exercícios intensos, o ácido cítrico, que participa diretamente do ciclo de Krebs, contribuindo para a produção de energia, e a arginina, precursora do óxido nítrico, permitindo uma melhor perfusão sanguínea para os músculos. Em conjunto, esses elementos ajudam a minimizar os efeitos da acidose, aceleram a recuperação e prolongam a capacidade atlética dos cavalos”, ressalta Kauê.

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