Março Amarelo Pet - Mês de prevenção às Doenças Renais em cães e gatos

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O que é a campanha Março Amarelo Pet 

A Campanha Março Amarelo Pet tem como propósito alertar os tutores sobre a prevenção e minimização dos impactos da Doença Renal Crônica (DRC) em seus pets.

Essa iniciativa destaca a importância de estar atento às causas e sinais desta condição que afeta cães e gatos, além de esclarecer as principais dúvidas relacionadas à DRC, destacando a relevância do diagnóstico precoce, já que é uma enfermidade irreversível e progressiva.

Quais os fatores predisponentes da Doença Renal Crônica (DRC) em cães e gatos 

Saber identificar os fatores de risco pode servir de artifício para prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença, assim como dar a oportunidade de que o animal tenha uma maior qualidade de vida quando a doença já estiver em curso. Conheça os principais fatores a seguir:

Avanço da idade 

O envelhecimento é um fator que impacta diretamente a saúde dos pets. A partir dos 10 anos, os gatos já podem ser considerados idosos, enquanto o início da fase geriátrica dos cães varia de acordo com o porte e raça, sendo que os animais de pequeno porte geralmente entram nessa categoria próximo aos 10 anos. Já os cães de médio/grande porte, atingem a geriatria por volta dos 7 anos.

No entanto, é importante ressaltar que essas faixas etárias são orientativas, e existem exceções devido a outros fatores individuais que devem ser avaliados.

Nessa fase da vida, diversas funções do organismo podem sofrer alterações, com destaque para um processo de inflamação crônica que ocorre na fase geriátrica (conhecido como inflammaging), elevando significativamente o risco de desenvolver doença renal e outras doenças crônicas e degenerativas.

Raças predispostas 

Segundo a Cartilha do CRMV-SP Doenças renais em cães e gatos, algumas raças de cães e gatos podem ter uma maior predisposição genética à DRC. Em cães, raças como Shar Pei, Bull Terrier, Cocker Spaniel Inglês, Cavalier King Charles Spaniel, West Highland White Terrier e Boxer tendem a ser mais propensas.

Entre os gatos, algumas raças também parecem ser mais suscetíveis, como Persas, Abissínios, Siameses, Ragdolls, Birmanês e Maine Coons. Entretanto, não há evidências cientificas claras que comprovem essa afirmação. Atualmente, vemos uma maior relação da ocorrência da doença com a idade do animal, visto que estudos demonstram uma prevalência de DRC em 1,6 a 20% dos gatos, sendo que, em felinos com mais de 12 anos, essa prevalência passa a ser de 32%. 

De toda a forma, é importante destacar que animais sem raça definida, os “vira-latas”, também podem desenvolver a doença.

Comorbidades 

Algumas condições de saúde, como doenças cardíacas, doença periodontal, cistite, urolitíase, hipertireoidismo, hipercalcemia, diabetes e doenças infecciosas, como leishmaniose e leptospirose, podem favorecer o desenvolvimento da doença renal.

Dieta desbalanceada 

Uma dieta inadequada pode contribuir para o desenvolvimento da DRC. Como exemplo, o consumo de proteínas de origem animal, carne de frango, bovina etc., sem supervisão de um nutrólogo pode culminar num consumo alto de fósforo, o qual, além de poder gerar alterações metabólicas importantes, também constitui uma dieta com efeito deletério aos rins.

Insuficiência renal aguda 

A ocorrência de insuficiência renal aguda ao longo da vida do pet representa um fator significativo que pode aumentar o risco de desenvolvimento da forma crônica da doença renal. Episódios agudos, se não manejados e tratados adequadamente, podem deixar sequelas e contribuir para a progressão da insuficiência renal, destacando a importância da intervenção precoce e de cuidados preventivos para a saúde renal do pet.

Por exemplo, a ingestão de certos alimentos, como uvas, uva passa, alho, cebola e cebolinha, também deve ser evitada, já que podem causar lesões renais agudas, como parte dos sinais de intoxicação. Confira o nosso artigo sobre alimentos proibidos para pets.

Sinais clínicos de doença renal em cães e gatos 

A doença renal em cães e gatos geralmente se manifesta clinicamente quando 75% da função renal já está comprometida, embora cães apresentem poliúria (aumento do volume e frequência de urina) e polidipsia (aumento do consumo de água/maior sede) mais precocemente em relação a gatos, pelo fato de os felinos terem maior capacidade de concentração da urina, em cães a DRC tende a evoluir mais rápida e gravemente.

Em ambas as espécies, a doença é mais prevalente quanto mais avançada a idade do pet. No entanto, é essencial compreender os sintomas para uma detecção precoce e eficaz.

Os principais sintomas nos animais incluem:

       • Aumento da sede + frequência e volume de micção (polidipsia e poliúria);
       • Vômitos;
       • Mau Hálito (odor urêmico);
       • Diminuição do apetite e perda de peso;
       • Comportamento apático e depressivo;
       • Úlceras orais;
       • Sinais neurológicos.

Esses sinais, quando observados, devem ser prontamente comunicados a um veterinário para avaliação, de forma a possibilitar a investigação por meio de exames. A detecção precoce desses sintomas é essencial para um tratamento eficaz e para melhorar a qualidade de vida e longevidade do pet.

Tratamento de doenças renais em cães e gatos 

A doença renal, uma vez estabelecida, tem um curso progressivo e degenerativo. O tratamento é definido pelo Médico-Veterinário e leva em consideração a causa subjacente e possíveis complicações de outras doenças.

A observação do comportamento do animal e os resultados dos exames servem para identificar a progressão da condição.

Embora a doença renal não tenha cura, ela pode ser controlada, proporcionando ao animal uma boa qualidade de vida, se bem acompanhado. O tutor desempenha um papel fundamental na gestão da condição, garantindo a hidratação contínua do animal, ofertando alimentação específica (que deve ser indicada por um nutrólogo, de acordo com o estágio da doença) e administração correta dos medicamentos indicados pelo Médico-Veterinário.

É fundamental estar atento ao apetite e à alimentação dos animais com doença renal, pois deve-se evitar a perda de peso e principalmente perda de massa muscular, para garantir mais qualidade de vida e retardar a progressão da doença.

Prevenção de doenças renais em cães e gatos 

A doença renal crônica, como já dito, está muito relacionada ao processo de envelhecimento, então nem sempre será possível preveni-la. No entanto, é fundamental manter a saúde renal de cães e gatos por meio de cuidados regulares ao longo da vida do animal. Sendo alguns desses cuidados:

Check-ups anuais ou semestrais 

A realização de check-ups anuais em pets adultos e semestrais em pets idosos é essencial para monitorar a saúde renal e detectar precocemente sinais sugestivos de doenças.

Em nosso artigo, falamos sobre a importância do check-up veterinário para a detecção precoce de possíveis problemas de saúde.

Alimentação balanceada e incentivo à hidratação 

Uma alimentação balanceada e de boa qualidade desempenha um papel importante na manutenção da saúde renal. Além disso, estimular a ingestão de água é essencial.

Uma prática simples e eficaz é disponibilizar fontes e posicionar diversos potes de água limpa e fresca pela casa. Para gatos, a inclusão de sachês (alimento úmido) na dieta pode ser uma opção valiosa para garantir a hidratação ao longo do dia.

Em suma, investir na prevenção por meio de cuidados regulares e hábitos saudáveis é a chave para uma vida mais longa e com qualidade para seu fiel companheiro. A atenção constante e práticas preventivas são essenciais para preservar a saúde renal e o bem-estar geral de seus animais de estimação.

Para saber ainda mais sobre o tema, confira a nossa playlist de Março Amarelo Pet em nosso canal do Youtube.

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